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sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Welcome to Texas III e já agora Parabéns!

Dia 27 de Dezembro, essa grande data! E para celebrar mais dois tugas em San Antonio, desta feita Pedro Hilário e Ayaz Lakhani. Não pudémos dar o mesmo tratamento que os outros tiveram, devido a aconrtecimentos não habituais a uma quarta feira tivémos de alterar um bocado o percurso, não foi a mesma coisa mas deu para fazer a recepção!

Dia seguinte já com a maltinha toda descansada foi tempo de fazer as honras e tendo em conta que já era o meu 22º inverno... margaritas para toda a gente! Pelo menos duas a cada um e do maior que havia por lá! (sem contar com os Designated Drivers)

Embora não ligue nuito a essas coisas aproveito para agradecer a quem se lembrou de dizer qualquer coisa, mesmo a quem se atrasou e a quem precisou de uma ajudinha para se lembrar!

Já agora, podem visitar o blog do Hilário, o link está aí ao lado, junto aos outros.

Vemo-nos depois de Las Vegas, inté...

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Miami Nice!

Muitas vezes se diz "não faças aos outros aquilo que não gostavas que te fizessem a ti" então e que tal mudar isso para "faz aos outros aquilo que gostavas que te tivessem feito a ti"? Não sei, ideia ainda está verde mas assim por alto parece-me bem. E foi mais ou menos isso que nós fizemos com o pessoal que chegou depois de nós e já nos tinha em San Antonio para o receber dignamente. Quem se importava de chegar a San Antonio, ter uma recepção a condizer nessa mesma noite, no primeiro fim-de-semana visitar Austin e no segundo dar um saltinho a Miami, mais propriamente, South Beach.

Uma das frases que caracteriza a noite "You take of me I'll take care of you", que é como quem diz se mete-me umas notas na mão e eu sou o teu melhor amigo. Sem saber bem como nem ter noção disso, logo para abrir a estadia, na primeira noite fomos à disco do filme Miami Vice, The Mansion. Recomenda-se! Outros sítios que também se recomendam são o Nikki Beach, bar junto à praia com um espaço ao ar livre impecável. Se a musica fosse um pouco melhor era possivelmente um bar quase perfeito. Opium Garden também é bom, mas melhor é a discoteca que fica no mesmo sítio mas no primeiro andar, o club Prive. Aquele que pareceu ser o auge da noite de south beach, mas não deu para disfrutar porque houve dois de nós que não passaram da porta, no entanto não me lembro do nome. Eu fiquei com a sensação que se chamava Sweet, mas não consigo encontrar nenhuma referência a esse bar, nem por localização nem por esse nome por isso não dou certezas. De qualquer maneira se estiverem a pensar dar lá um saltinho fica na Washington Ave em frente à Espanola Way.

Sem dúvida Miami é um lugar de dar nas vistas, de fachada. É o problema, mas fora isso recomenda-se. Dir-se-ia que tem fama a mais para aquilo que é na realidade, mas ainda assim é muito bom. Não é em qualquer sítio que se anda às 4h da manhã na rua e estão entre 24ºC e 26ºC, nem é em qualquer lugar que nos podemos dar ao luxo de ir gozar uma praia no dia 25 de Natal! Também se pode ver nas fotos os carrinhos por lá passeavam e as casas que visitamos numa das mini ilhas que há a meio do caminho entre Miami Beach e Miami.

Um sítio a revisitar noutra altura do ano, provavelmente a melhor a ltura para lá ir será durante a Primavera (ninguém falou em Spring Break ou falou?). A sério, não só pelo famoso Spring Break, mas também e principalmente pelo clima de Miami. Dizem os locais que primavera é a melhor altura, porque ja está bom tempo e no verão o calor é excessivo.

Ia-me esquecendo, noite de Natal fomos jantar ao Porcão, rodízio brasileiro feito com carnes americanas mas pronto, disfarçava. Falar em português soube bem, mas respondiam em brasileiro! A conta... está nas fotos depois vão poder ver, não comento! Na noite seguinte fomos ao melhor que encontramos até agora, Old Lisbon! Um restaurante tuga em Miami, falar em português e ter respostas em português, ver um menu escrito em português com coisas tipo, Bacalhau à Zé do Pipo, Bitoque, Bacalhau à Brás, Carne de Porco à Alentejana... muito bom! Tão bom que tivemos de lá ir almoçar do dia seguinte antes de irmos para o aeroporto.

Miami was Nice, venha Las Vegas!!

Um abraço!

P.S.: O slide-show de Miami já está começado, mas ainda me faltam algumas fotos do Tino, do Salo e do João. Depois publico.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Austin & Welcome to Texas II

Este fim-de-semana fomos para Austin, capital do Texas, e como nós os quatro ainda não conhecíamos nada daquilo fomos visitar a LBJ Library and Museum e o Capitol. É sempre bom para a cultura geral e até se aprendeu uma coisita ou outra. Aqui estão algumas das fotos:



Para além disso dia 13 foi noite de mais uma recepção ao tuga, chegaram o Diamantino Ferreira e o Gonçalo Trindade (podem visitar o blog deles, o link está aqui ao lado). Foi engraçado ter a noção de qual foi a nossa reacção quando cá chegámos e perceber a reacção dos que nos receberam, porque desta vez já estávamos do outro lado e deu para pensar "eu fiz exactamente o mesmo que eles estão a fazer agora" e passado um bocado aperceber-me que as minhas respostas foram as mesmas que me de deram quando me receberam.

Avançando, já somos 6, no próximo fim-de-semana vamos mostrar a capital aos recém chegados e no outro... MIAMI!!! Um natal mais quente que o habitual!



Sejam bem vindos.

Quanto a vocês, aquele abraço!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Welcome to Texas I

Depois de um fim-de-semana bem passado com a visita a Houston finalmente chegou dia 6 de Dezembro e com ele mais dois tugas se vieram juntar à malta de Lackland. No meio de atrasos e contra-tempos acabámos por ir para o aeroporto sem jantar pq chegámos ao restaurante às 22h02 e aquilo fechava às 22h00, mal saímos do carro estava logo um polícia a dizer-nos que já não havi acomida para ninguém. Ainda assim chegámos ao aeroporto e mal estacionamos o carro recebemos a chamada a dizer que já tinham as malas e estavam prontos para descobrir o novo mundo que se lhes apresentava no exterior do aeroporto.


Uma pequena pit-stop para que os anfitriões pudessem comer qualquer coisita e depois a tradição tomou conta do resto da noite...


Já somos 4...

Para a semana há mais!

Abraço


terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Houston, it's very nice!

Howdy tuga land, vou experimentar fazer uma coisa extremamente lame. Escrever half in portuguese half em português. Não sei bem porquê mas não me parece que esta ideia se aguente untill the end of this post. We'll see...

Latest news, we've entered the fourth week here at DLI. Na primeira semana foram os módulos 101 e 102 (Basic Skills e Technical Reading, respectivamente), assim por alto não se aprendeu nada de mais. Na segunda e terceira o módulo Aviation, principalmente trabalhámos no nosso accent and learned some vocabulary as well. Nesta semana e na próxima vamos andar à volta do módulo Communication, que se foca principalmente nas comunicações rádio between the pilot and the Air Traffic Control. The themes of the Aviation module were a bit boring, mas este parece ser bem mais interessante e útil.

Como era suposto no fim-de-semana de 23 a 26 de Novembro (sim 23 a 26, foi o Thanksgiving dia 23 e ponte dia 24) voltámos a ter a presença de maltinha vinda de Laughlin. É de notar que os EUA param para o dia de Acção de Graças e nos dias seguintes há sempre grandes descontos. Desta vez, para além dos que já cá tinham estado connosco, vieram também os Pardaloucos João Quarenta e Robert Teixeira. Great fun! We went to Posh Ultra Lounge on wednesday, Loft on friday and Planeta Bar Rio on saturday. Então e quinta-feira?? Ficámos em casa? Claro que não, somos a casa de pessoal universitário conhecido de quem já por cá anda há mais tempo que tavam a aproveitar a época festiva para fazer a paródia. Conhecemos mais pessoal entre o qual uma rapariga portuguesa que está pelas terras do tio Sam a estudar e jogar basket, a Ana.

Acabado o weekend, they returned to Laughlin. Some did even return earlier because o estudo não perdoa, foram-se embora no sábado de manhã. Tentámos continuar na mesma onda durante a semana, mas terça-feira parecia que San Antonio tinha fechado para obras, estando tudo ou fechado ou vazio. Tivemos de adiar a festa para sexta-feira, mais uma noite de Posh, bem bom!

Finaly the weekend had arrived, it was 6 o'clock in the morning de sábado e onde estava eu? A dormir? Não. Numa discoteca ou algo do género? Nop. A regressar à base? Nem por isso. In fact, estava prestes a sair da base. As 06h00 de sábado foi quando começámos a embarcar para a nossa visita a Houston, a quarta maior cidade dos EUA. Não sei bem porquê, mas adormeci antes de o autocarro sequer sair da base (Ok, se calhar até sei). Só acordei com o autocarro a estacionar a meio do caminho onde parámos to have some breakfast. É de reparar que as janelas do sítio onde fomos eram propositadamente tortas! Continuo a ter dificuldade em perceber a mentalidade americana de vez em quando. Depois continuámos em direcção a Galvestone, uma pequena localidade numa ilha perto de Houston com uma história interessante, heranças de várias nacionalidades e coisas do género. (Escusado será dizer que neste troço da viagem adormeci pouco depois de termos começado a viagem e só acordei com o pessoal a sair do autocarro). Aqui havia coisas interessantes a ver e a recepção também foi muito simpática (e gira). Muita gente a visitar, muitos locais vestidos com trajes "do antigamente", desfiles e espectaculos de rua. Pelo meio das fotos hão-de ver uma cuja legenda é "Pareciam pombinhos" e passo a explicar porquê: imaginem o que acontece se na baixa de Lisboa, por exemplo, ao passar perto dos pombos atirarem milho para o chão. Já está? Ok, essa era mais ou menos a reacção das pessoas que estão na foto, vestidas de mendigos, quando quem estava a ver o desfile lhes atirava moedas para os pés. Só vendo!

Deixando Galveston, heading to Houston. As we got there we went direct para o hotel. Depois uma comprita ou outra e o belo do jantar Tex-Mex com a bela maragarita a acompanhar, pretty good! Ah, ja agora nesta viagem o grupo era eu, o João, um dos italianos que está na nossa turma (visto que o outro se cortou) e um turco que foi da turma do João na primeira semana. After dinner foi tempo de explorar, and Houston's nightlife has revealed to be something muito bom!!
Depois de muitas horas de sono... (not!), Deixámos o hotel pelas 9h00 e fomos até ao Houston Space Center passando pelo caminho por um parque algures no meio de Houston onde estava uma réplica da pegada deixada pelo Armstrong na lua. O Space Center não é nada de muito espetacular, mas ainda assim interessante. Vimos o famoso centro de comunicações do "Houston, the Eagle has landed" ou do "Houston, we've got a problem". Um centro de treino com simuladores à escala e depois algumas coisas engraçadas, algumas podem ver nas fotos que se seguem:




E foram assim the last days here in American soil, Houston recomenda-se! Agora é mais uma semaninha de aulas e parece que é este fim-de-semana que vamos visitar Austin. Vamos fazer uma recepção em grande ao Máximo e ao Virgílio que chegam já esta quarta-feira, mal põem os pés em San Antonio e já estão a ir embora. Isto porque nos espera um fim-de-semana de quatro dias graças ao feriado tuga de dia 08 de Dezembro, acho que nunca tinha gostado tanto da Imaculada Conceição... hehehe

Farewell, até ao próximo post...
Abraço!

P.S.: Nem acredito que aguentei esta treta de falar tuga e americano ao mesmo tempo.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Ao menos fotos...

É verdade, sou mesmo um desnaturado! Ainda não consegui arranjar 30 minutitos para vir aqui escrever qualquer coisa de jeito. Mas enfim...

Long story short, após a viagem que correu bem (a partida de Newark para San Antonio atrasou-se mas o piloto recuperou bastante tempo durante o voo), foram as instalações aqui no DLI (Defense Language Institute), Lackland AFB, San Antonio, Texas, USA, Continente Americano, Planeta Terra (embora nem sempre se note que é o mesmo planeta).

Como disse no título, já que não dou notícias como deve ser, ao menos que haja fotos. Por isso ficam já aqui com algumas fotos da viagem de Lisboa até San Antonio:



As condições aqui são bastante razoáveis, se ignorarmos o preço que estamos a pagar pelo quarto e a qualidade da comida. Mas também não podia esperar muito mais do Amigo Inn (refeitório cá do sítio), tendo em conta que o preço médio de um refeição ronda os $2.50 (menos de 2€). No entanto os quartos não são nada maus e as instalações a nível do espaço das salas, biblioteca, desporto e afins está bastante bem. E para os mais curiosos fica já aqui também fotos do quarto:



Em relação ao nosso maquinão, aquele que é, provavelmente, o melhor carro do mundo, ainda não há fotgrafias dele, mas deixo-vos com um video de um idêntico ao nosso. A maior diferença é o painel de instrumentos que não é, obviamente, branco como o que aparece no video. De resto é quase igual, mesma marca, mesmo modelo, mesma cor. Aqui está o bicho:



Muitas pessoas me perguntaram já: "Então como é estar aí na America?", ao que eu respondo: "É igual a estar aí só que estou noutro sítio.". Já falei desta comparação a algumas pessoas, mas vou repetir porque acho que facilita a compreensão. Deixar de estar em Portugal para passar a estar no Texas é tipo fazer 18 anos. Muita especulação, muita espectativa, muita emoção... mas depois chega à altura e perguntam-nos: "Então como te sentes com 18 anos?", ao que se responde: "Na mesma!".
É verdade que as coisas são diferentes, as pessoas são diferentes e aqueles que nos são mais queridos não estão tão perto (fisicamente) como poderíamos querer, mas sabemos que estão lá e o céu aqui também é azul, respira-se ar na mesma, o sol levanta-se de um lado e põe-se do outro com a mesma pressa que do outro lado do oceano.

Abreviando, no nosso primeiro fim-de-semana cá, contámos com a presença do shô Gonçalo Mourato, Ricardo Santos, João Gonçalves e até o Pardalouco Francisco Peres apareceu. Vieram cá receber-nos (leia-se, beber as Margueritas) e mostrar-nos mais ou menos os cantos à casa.
Depois de regressarem a Laughlin, eu e o João continuámos a nossa cruzada por San Antonio e, pelo que parece já há um sitio ou outro que andámos a fazer progressos em relação a eles, mas isto partilha-se tudo!

Apróxima-se o fim-de-semana grande (4 dias), devido ao Thanksgiving Day. Falou-se em ir visitar Austin, afinal parece que não... logo se vê! O que é certo é que a maltinha de Laughlin vem cá outra vez, vai ser bonito vai...


Um GRANDE abraço para esse lado do oceano, vou tentar escrever mais frequentemente,
Diogo Bento

P.S.: As raparigas cá são todas gordas e feias!
P.S.2: OK, eu confesso... não são todas :)


sábado, 11 de novembro de 2006

Está tudo OK!

Tempo para escrever... até tenho tido algum (não muito), vontade... pouca!

Assim que tiver uns momenos de inspiração faço o relato.
Até lá...

Um ABRAÇO

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Abraços à borla!

Andava eu a ler o blog do Fernando Alvim quando me cruzei com o comentário de um tal phobetor, que sugeria um video do YouTube.

Fui ver...

Acho que o video fala por si, não preciso dizer mais.


Dá que pensar?

ABRAÇO...

O poder das palavras...

é algo que consegue fugir do nosso alcance com demasiada facilidade.

Por vezes, sem nos darmos conta as nossas palavras são ouvidas (ou lidas) de uma forma e com um significado completamente diferente daquele com que as proferimos. O perigo quando isso ocorre é eminente, sendo raramente o efeito produzido algo de bom e produtivo.

Mas não é só quando as palavras são mal interpretadas. Muitas vezes o problema não é o que se diz, mas como se diz. Ou talvez pior, quando se diz! Uma frase que poderia ser bem interpretada ou levada com alguma facilidade, mesmo sendo uma coisa que custasse a "ouvir", ao ser dita numa má altura pode fazer cair qualquer pessoa.

As palavras "tens a capacidade de me tirar pachorra" não seriam fáceis de ouvir a ninguém, ainda para mais se forem ditas quando não haja contacto visual entre os dois intervenientes. Mais será complicado se houver dúvidas em relação ao afecto que a pessoa que o diz tem para com a outra.

Provavelmente o primeiro sentimento que ocorre ao sermos deparados com este tipo de palavras será desapontamento e frustração mas, voltando ao início, as palavras têm um poder demasiado grande. Por vezes um poder que não queríamos que tivessem.

Cada um tem necessidade de ter o seu espaço, a sua liberdade. Já ouvi dizer "por aí" que os amigos são como a sabedoria, não ocupam lugar. (pronto, até posso não ter ouvido, mas acho que soa bem) No entanto, há momentos em que isso não se verifica. Há aqueles momentos em que preferimos estar sós, ou mesmo apenas ter a presença do amigo por perto. Apenas a presença...

Quem nunca passou por um episódio de perguntas consecutivas ou algo do género? Abraços em excesso, toques em excesso, coisas deste tipo. Episódios que terminam com uma vontade enorme que a pessoa pare de fazer perguntas ou se afaste, deixando-nos em "paz", na nossa paz.

Mas agora uma outra pergunta, será que pensar ou dizer isso faz com que não gostemos das pessoas em questão? Não me parece, aliás... tenho a certeza que não. O facto de deixarmos o pensamento e o transformarmos em voz ou texto pode ser muito complicado para quem recebe essa mensagem, mesmo que não seja dito na altura. De qualquer maneira o tipo de episódio que referi atrás consegue arruinar a paciência de qualquer um.

Bem, o que queria dizer com isto tudo era que mesmo dizendo "tens a capacidade de me tirar pachorra", pode-se gostar da pessoa a quem se diz isso, podemos tê-la muito em conta e sermos amigos dela. Mais, sendo uma coisa que não é fácil de se receber, também não fácil de se dizer. Como tal acho que para se dizer isso a alguém é preciso ter um certo nível de confiança...
e esperar que a outra pessoa não leve a mal o que foi dito, apenas entenda, sabendo e tendo noção que quem diz isso pode gostar muito dela . . .

Reticências...: O poder das palavras...

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Pablo Francisco em Anime

Para aqueles que não conhecem, Pablo Francisco é um comediante do estilo stand up. Para além da comedia normal ele consegue utilizar as suas capacidades de beatbox assim, como capacidade para imitar vozes. Mas se não conhecerem, o melhor é mesmo visitar http://www.pablofrancisco.com, onde podem encontrar tudo sobre ele, inclusivé videos de algumas actuações dele.

Andava eu a passear pelo You Tube e lembrei-me de ver o que por lá havia de Pablo Franscisco. E foi então que encontrei o resultado de alguem com muita paciência e, provavelmente, sem muito que fazer. Alguém que se diverte a pegar em desenhos animados do tipo Anime e a fazer montagens com o som de actuações de Pablo Francisco. Para quem conhece o seu trabalho, é de partir a moca a rir, para quem não conhece... também!!

Deixo-vos com o dito video:



um abraço...

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Slide Show!!!

Desta vez descobri as magias que excesso de paciência e falta de coisas para fazer podem trazer...

Um slide show, Brutal!

E passo a paresentar o slide show que fiz esta noite e que já está na minha página do hi5:




O lado bom desta descoberta é que já descobri como vir a mostrar as fotos da viagem e acontecimentos overseas que haja para mostrar por aqui.

fui...

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

'Tá quase...

À medida que os dias vão passando, as coisas vão-se desenrolando.

Foi a graduação em Aspirante, passando da classe de Pessoal em Formação para a classe de Oficiais, nomeadamente Capitães e Subalternos.

E agora há mais novidades, desta vez informação sobre os voos de Lisboa até San Antonio. Assim sendo dia 08 de Novembro vamos apanhar o voo n.º 65 da Continetal que parte de Lisboa às 10h45 e chega a Newark às 13h45. Depois mudamos para o voo n.º 460, também da Continetal, que deixa Newark Às 18h55 para chegar a San Antonio às 22h26.

Tudo isto em horas locais, o que dá umas 8 horitas de LX para NY e mais outras 4 horas de NY para San Antonio.

No voo CO 65 vamos a bordo de um Boeing 757-200, no CO 460 a bordo do Boeing 737-300.
(Para informações acerca destes aviões cliquem na hiperligação de cada um)

Por hoje é tudo...
Inté!

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Ahh pois é!

Não há muito a dizer...

Acabou-se a saga (ou chaga, como preferirem) das estrelas de seis pontas, a partir de agora são riscas!

E já falta menos de um mês para a risca se tornar horizontal.

behave

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Pilotos aprendem nos EUA

A Força Aérea Portuguesa (FAP) está a formar pilotos nos Estados Unidos para colmatar o défice crónico destes profissionais – neste momento há um défice de 100 aviadores. O objectivo é qualificar 100 pilotos aviadores até 2011, o que custará um milhão de euros e permitirá garantir a operacionalidade de todas as bases aéreas.

O recurso ao estrangeiro foi a alternativa encontrada pela FAP para “formar mais pilotos em menos tempo”, disse ontem o general Taveira Martins, Chefe de Estado Maior da Força Aérea (CEMFA), à margem das comemorações do Dia da Unidade da Base Aérea de Monte Real (BA-5).

A formação dos pilotos está a cargo da Academia da Força Aérea, mas depois os cadetes seguem para os EUA, onde estão durante um ano a completar a qualificação.

“Durante a minha permanência como CEMFA procurei que os cadetes, pelo menos durante três cursos, fossem para os EUA. Estão lá um ano e recebem as asas. São pilotos”, explicou o general Taveira Martins.

O custo de formação de um piloto militar está calculado em dez mil euros (dois mil contos), mas depois de receber as asas – o que significa estar apto a pilotar um avião – é necessário continuar a formação, nomeadamente para obter a qualificação necessária para operar uma determinada aeronave militar.

No caso dos aviões F-16 – os mais modernos da Força Aérea e que estão estacionados na Base Aérea de Monte Real –, quatro pilotos fizeram a sua qualificação nos EUA no ano passado e este ano estão lá outros quatro.

“Nós gastamos muito dinheiro na formação e quando eles recebem as asas precisam de um bom enquadramento e de voar muito, para terem as qualificações”, frisou o CEMFA, adiantando que “desde que vêm dos EUA como cadetes até chegarem a capitães da Força Aérea e serem pilotos experimentados gasta-se muito tempo e dinheiro”.

O quadro permanente da FAP precisa de 300 pilotos operacionais, mas hoje tem um défice de 100, o que resulta da sua saída para a aviação civil, que se tem acentuado nos últimos anos. A “carência generalizada de pilotos aviadores” foi várias vezes referida pela hierarquia da Força Aérea, que tem demonstrado dificuldade em mantê-los nas suas fileiras.

O general Taveira Martins tem a convicção de que “continuarão a sair pilotos” da FAP para a aviação civil, “mas se a situação estiver normalizada, o que acontecerá dentro de cinco anos, não haverá grande problema”. “Até porque já temos muitos pilotos em regime de contrato – a receber formação em Beja – e esses também servirão para contrabalançar todas as saídas”, explicou.

“Temos de captar jovens, sem eles não existe Força Aérea, mas tem de haver disciplina, rigor e uma boa qualificação”, afirmou Taveira Martins, concluindo que “a palavra chave é vocação e paixão por isto. Dá para muitos, não dá para alguns”.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

08 de Novembro de 2006

Este será O dia...
Passados momentos estranhos, finalmente o texto sobre as novidades, as boas novidades.
Tudo aponta para que a data da viagem que me vai levar até ao outro lado do oceano será dia 08 de Novembro de 2006. Nesse dia embarcarei, juntamento com o Alf. João Marreiros (vamos ser graduados em alferes um ou dois dias antes), num avião que nos vai levar até aos Estados Unidos da América.
Primeiro destino, Texas, San Antonio, Lackland AFB (Air Force Base - Base Aérea). Aí esperam-nos 9 semanas no DLI (Defense Language Institute) a ter aulas da Lingua Inglesa (à moda da América).
Daí sairemos dia 12 ou 15 de Janeiro para o segundo destino, Laughlin AFB, Del Rio, também no Texas, junto à fronteira com o México. Aí iremos estar durante o resto da nossa estadia pelas terras do Tio Sam em duas fases.
Primeira fase, treino básico no avião de instrução T-6 Texan II que se espera concluida dia 23 de Julho de 2007. Uma versão moderna e muito melhorada do antigo T-6 que ainda voa pelo nosso Museu do Ar. Este novo modelo é grande em várias caracteristicas a nível de desempenho assim como no uso dos mais recentes componentes a nivel de aviónicos. Se quiserem mais informação podem ir a http://www.af.mil/factsheets/factsheet.asp?fsID=124 (sítio oficial da Força Aérea dos EUA, não encontrei nada de epecial em português).
Segunda fase, treino avançado no T-38C Talon, datas esperadas de início e fim, 24 de Julho de 2007 e 12 de Fevereiro de 2008, respectivamente. Este é um avião a reacção em tempos utilizado pela nossa Força Aérea Portuguesa, uma versão de treino do caça de combate F-5. Podem encontrar mais informações sobre este avião em http://www.af.mil/factsheets/factsheet.asp?fsID=126 (sítio oficial da Força Aérea dos EUA) ou em http://pt.wikipedia.org/wiki/T-38_Talon (Wikipédia).
Até lá... vamos tratando dos "red tape procedures" (burocracia).
Tenho dito.

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

"Esta voz... esta voz! Romeiro, quem és tu?"...


A comunicação é bem capaz de ser uma das piores características que o ser humano possui. Tantos anos de evolução e desenvolvimento e ao fim de este tempo todo, quantas e quantas vezes a comunicação falha? Conseguimos desenvolvê-la tanto que por vezes nem nós a conseguimos utilizar. Tal como a nova gramática que vai ser testada este ano lectivo por algumas escolas do nosso país, segundo o que ouvi dizer. Gramática esta, a TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensino Básico e Secundário), que utiliza palavras e expressões tão correntes e acessíveis que há professores que não conseguem discernir o seu conteúdo; tão correntes e acessíveis que algumas nem constam da generalidade dos dicionários de linguística.

Mas quando o problema de comunicação é entre nós e outros, ou vice-versa, a coisa ainda vai. O problema surge de forma preocupante quando não conseguimos comunicar eficientemente connosco próprios. Não era suposto ao ver um filme cómico, rir e sair da sala de cinema alegres? Ok, concordo que nem sempre, mas estou a colocar uma situação em que o filme até tem piada, é mesmo cómico. Seria suposto rir durante o filme e no fim estar ainda alegre, rir relembrando algumas partes do filme, coisas assim, suponho eu. Então e quando isso não acontece? Quando no fim de um tal filme, ficamos quietos, pensativos, com vontade de dizer a alguém "Desculpa...", sem que haja realmente nada à primeira vista pela qual nos queiramos redimir ou lamentar. Quando, depois disso, ficamos com uma sensação de vazio e necessidade de um abraço eterno em que através do contacto dos dois corpos as almas se misturam uma na outra. Quando, à medida que se vão dando alguns passos, um rio flui calmamente em direcção a uma barragem que a única coisa que queria era poder aliviar a pressão, nem que fosse só uma gota.

O que é que nós nos queremos dizer com estas manifestações interiores de um sentimento paradoxal?

E ainda para mais, se isso acontecer num dia em que se tem conhecimento de mais um objectivo cumprido e de uma certeza que até então, por não existir, teimava em fazer tremer o espelho de manhã. Se nesse dia, esses acontecimentos têm lugar, fazendo com que a possibilidade de entrar na corrida que permite o cortar a fita da tão desejada meta, qual o porquê destes sussuros ao ouvido e toques subtis, como que alguém que tem algo a dizer mas a mão lhe treme quando tenta escrever?


..."Ninguém (...): se nem tu já me conheces!"

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Quem Espera...


...das duas uma, ou desespera, ou sempre alcança. Neste caso foi mais "Quem espera sempre alcança"

Finalmente, depois de tanto tempo de espera e adiamentos, chegou a notícia...
Embora ainda com poucos pormenores, mas o pouco se ouviu soube muito bem, sem muitos mais rodeios nem muitas mais palavras para debitar, vou-me limitar a citar as palavras que ouvi esta manhã ao telefone e que ainda me ecoam na cabeça:

"Há 20 vagas, para todos os meus alunos do 4º ano PilAv irem para os Estados Unidos!" by Cap P. Gabriel

Acho que não preciso dizer mais nada...

segunda-feira, 31 de julho de 2006

E porque não? Faz todo o sentido!

É verdade, estou de férias! Devia ter mais tempo... tempo, por exemplo, para escrever por aqui qualquer coisa, mas não.

Só hoje, passado um sem número de horas desde a última vez que me tinha dignado a escrever algo aqui, é que tive tempo e paciência para o fazer. Verdade seja dita, já tinha tido vontade de vir aqui escrever várias coisas. Nos últimos tempos passaram-se muitas coisas interessantes e muitas delas seriam passíveis de relato. Desde a noite que antecedeu a minha viagem ao Brasil, a estadia no Brasil, o regressar (finalmente) a Santiago do Cacém para fazer aquela vida dura de dormir-praia-noite-dormir-praia... (não necessáriamente por esta ordem), o interromper as férias para realizar o exame específico para a carta de mota, até ao FMM.
Para quem não sabe, Festival Musicas do Mundo que decorreu de dia 21 a dia 25 em Porto-Covo e entre os dias 26 e 29 na cidade de Sines.
Grande festival, não só pelo prazer musical que muitas bandas conseguiram transmitir, como pelo prazer de conhecer muitas novas caras, algumas delas bem enigmáticas, e rever outras já conhecidas.

Como se tal não bastasse, neste fim-de-semana, para além do que já foi referido tive o prazer de poder contar com a companhia de três simpáticas pessoas que rumaram ao litoral alentejano para se juntarem ao grupinho habitual. Vera, Sara e Susana, os nomes das pessoas em questão. Grande companhia nos fizeram durante o fim-de-semana. Duas noites e dois dias muito agradáveis, pelo que só tenho a agradecer a vossa presença, quando quiserem voltar é só dizer.
Claro que nestas coisas há sempre algo de especial, há sempre algo que é de destacar no meio de tudo o resto. Aquela pessoa que cativa a minha atenção pronunciando apenas duas letras de uma forma tão própria que é impossível de ignorar. Essa que me faz relembrar que "a dependência é uma besta que dá cabo do desejo e a liberdade é uma maluca que sabe quanto vale um beijo", o verdadeiro valor de um beijo... Há quanto tempo não o sentia? Não consigo precisar, apenas que não foi há pouco tempo, pelo contrário, já havia demasiado tempo sem sentir essa pequena grande dádiva da vida. Obrigado gira...

No entanto nem tudo são rosas, e a juntar a isso tudo o que é bom acaba depressa (ou, tudo o que é bom dura o tempo suficiente para ser inesquecível, consoante a interpretação) e como tal chegou o domingo. Com ele "o adeus, o ficarmos sós".
É difícil dizer-se adeus a duas pessoas quase ao mesmo tempo, embora espere que ambos os adeus sirvam para nos aproximar mais. Sou (ou pelo menos tento ser) teu amigo Lala, espero que compreendas isso em todo o seu significado. Este fim-de-semana trouxe-me muitas sensações que não experienciava há muito tempo. Uma delas aquela de sentir repetidamente um pequena gota de água que brota do espelho da nossa alma, que nos tenta lavar a cara mas acaba por se perder descolando-se da cara ou regressando ao corpo de onde nasceu deixando aquele sabor salgado nos lábios. Espero que passado este tempo todo, me consigas perceber e quiçá perdoar. Ficaram muitas marcas que espero voltar a recordar contigo.

Tenho de terminar com dois tributos, sendo que num deles me vejo quase que obrigado a demonstrar o quanto gosto daquela rapariga cujo nome é de origem latina e tem como significado luz verdadeira, nome que está relacionado com um futuro promissor, em especial no campo profissional e, em geral, denomina pessoas que lutam por ideias relacionadas com a sua própria visão ética da vida, tanto a privada como a pública.
No segundo (mas não em segundo lugar), novamente agradecer por tudo o que se passou, demonstrar o meu enorme carinho e admiração pela pessoa que me fez reviver tantas coisas boas da vida em tão pouco tempo, aquela que usa um nome igualmente latino e significando verdadeira, nome que representa uma pessoa trabalhadora, que se consegue erguer diante das maiores dificuldades, conservadora... e digna, acima de tudo.

Embora com tanta letra já agrupada em palavras e frases, acho que todo este post se consegue resumir, em apenas duas palavras...
"Beijo Vera"

domingo, 25 de junho de 2006

Um comentário demasiado grande para ser um comentário é um... post ;)

Querida Inês, citando a tua própria frase, “ainda bem que temos opiniões diferentes e somos amigos assim”.

Depois de (conseguir) ler o teu comentário, a ideia mais forte com que fiquei foi: De certeza que não leste o que escrevi! Ou então leste mas preferiste ignorar a maioria das palavras e manter apenas a ideia que tens do que achas sobre a minha opinião.

Provavelmente, se tivesses lido o que escrevi, tinhas reparado logo no início que eu fiz questão de “avisar os mais fanáticos e religiosos que este post vai, provavelmente ser polémico e (…) só lêem se quiserem”. Agora que penso nisto, se calhar ficaste mesmo por aqui e não leste mais nada. Se o tivesses feito ter-te-ias cruzado com uma outra frase em que digo que “Compreendo perfeitamente que haja uma necessidade de se socorrer ou apoiar em algo externo a nós”. Mas mesmo que esta frase se tenha escondido aquando da tua leitura, terá sido mais complicado que o mesmo tenha acontecido com dois parágrafos inteiros, que passo a transcrever:
“Até posso compreender o culto de um ser, supostamente, superior seja ele chamado de Deus, Alah, Jah, Buda ou Dalai Lama. O que não posso compreender é (a dedicação a) uma instituição cheia de hipocrisia e cinismo, como a Igreja Cristã.
Ainda mais uma pequena ressalva, respeito quem merece o meu respeito, sejam quais forem as suas crenças, assim como espero que todos respeitem os outros, sejam eles crentes, agnósticos ou ateus.”

Já agora, e antes de continuar, aproveito para esclarecer alguns conceitos que, por vezes, suscitam dúvidas. Assim, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia de Ciências de Lisboa e por ordem alfabética:
Agnosticismo: 1. Doutrina filosófica, ligada, por vezes, a outras correntes e segundo a qual é impossível conhecer o absoluto, o que existe para além do que pode ser experimentado, demonstrado. 2. Sistema religioso que, embora admita a existência de Deus, nega à compreensão humana a capacidade para conhecer a sua natureza ou os seus atributos.
Ateísmo: 1. Conjunto de princípios doutrinários de quem não aceita a existência da qualquer divindade; qualidade de quem é ateu. 2. Descrença, descrédito em alguém ou alguma coisa.
Crente: 1. Pessoa que crê, que está convicto de alguma coisa. 2. Pessoa que tem fé religiosa, que segue uma religião, qualquer que ela seja.
Religião: 1. Crença na existência de um poder superior, do qual o homem depende. 2. Sistema estruturado de doutrinas, crenças, regras e práticas de uma determinada comunidade de pessoas que instituem um determinado tipo de relação com um poder superior. 3. Culto prestado à divindade. 4. Observância, acatamento dos princípios e preceitos religiosos. 5. Condição das pessoas que fizeram o voto de seguir a regra de uma ordem religiosa.

Respondendo mais directamente ao que escreveste (embora o comentário fosse num ou outro ponto um pouco abstruso), quando falei da quantidade de ouro exibido pela Igreja Cristã, não me estava apenas a referir a igrejas antigas. Essas demonstrações de riqueza e poder continuam nos dias de hoje, por exemplo, nos paramentos que qualquer padre, capelão ou bispo usa. Se utilizares a pesquisa de imagens do Google por “bento xvi” vais reparar que, por exemplo, de entre as primeiras cinco imagens, do resultado da pesquisa, a única em que não está coberto por dourados, este tem bem visível uma cruz de ouro ao pescoço, com um tamanho considerável.

Dizes a certa altura “ninguém te aliciou (…) para direccionares os teus valores em sentido contrário ao que pensas”.
Será que não?! Felizmente não fui baptizado, enquanto não tinha idade para saber o que isso era. O meu baptismo, ou não, foi opção minha, embora nem todos tenham esse privilégio. A criança ainda nem falar sabe mas já a vincularam a algo com o qual, quando começar a pensar por si, pode não concordar (se chegar a pensar por si).

No entanto, mesmo tendo tido esse privilégio, isso não impediu que tivesse, em todas as aulas do meu ensino primário, a imagem de J. Cristo à minha frente, por cima do quadro preto. Isto num país em onde “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.” (CRP, Artigo 13º, número 2), num país onde “A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.” e onde “As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto.” (CRP, Artigo 41º, números 1 e 2).

Neste estado laico supra-citado, temos um bispo das Força Armadas, temos cerimónias militares com bênçãos por parte de um capelão ou pelo bispo das FA, um estado laico onde existem, dentro do seio militar, missas católicas (onde, por vezes, a presença é obrigatória).

Não duvides do meu respeito. Com já disse, respeito quem o merece, independentemente das suas crenças. As religiões têm bastantes valores que considero bons e correctos e, para além disso, uma pessoa não deve, nem pode, ser julgada, discriminada ou simplesmente ser considerada uma má pessoa apenas por acreditar, ou não, num determinado Deus.

Tenho pena que aches mesmo que eu não saiba conviver com pessoas diferentes sem apontar o dedo. Ao que te pergunto se tu o consegues fazer sem qualquer tipo de problema. Nunca tiveste tendência a discriminar alguém ou apontar o dedo? Mais que isso, tenho bem presentes os meus ideais. E em relação a esse tal conflito que não me deixa “respirar”, ainda vais ter de me elucidar. Quiçá eu preciso urgentemente de um psicólogo ou psiquiatra e ainda não me dei conta.

Só para terminar, o teu comentário não me pareceu de uma pessoa lá muito flexível. Portanto, deixa-me dar-te um conselho que por vezes me é útil. Quando estiveres numa discussão sobre dois pontos de vista opostos, antes de tentares convencer a outra pessoa a mudar de opinião ou defenderes a tua de forma intransigente, pára e tenta perceber o lado contrário. Se a outra pessoa tem opinião divergente da tua, muito provavelmente é por um motivo, se o conseguires perceber vai ser muito mais fácil. Enquanto te limitares a negar a opinião contrária vai ser muito complicado. Já agora, quando parares aproveita e olha para ti também, será que os teus actos correspondem ao que defendes? Neste caso específico, defendendo tanto a igreja, será que já confessaste TODOS os teus pecados? Ou há coisas que o padre não precisa saber?

Ia-me esquecendo, espero que não leves à letra o que escreveste e que voltes a comentar, todos os comentários são bem vindos e válidos! Em relação ao que respondeste ao tal cavaleiro, deixa-me só dizer-te que nem sempre as maiorias têm razão, nem a mudança é necessariamente uma coisa má.

Farewell


PS: post em resposta a um comentário a um post anterior (cliquem no titulo deste post para acederem, o comentario em causa, Inês dia 24 de Junho de 2006 às 19:39)

sexta-feira, 16 de junho de 2006

TORNADOS: Tão poderosos como o vento que os eleva

Acabada a parte académica do curso, findos 4 anos de aulas na Academia da Força Aérea é agora tempo de tirocinar, na América ou em Beja... só o tempo o dirá.

Vejam o link, cliquem no título deste post para irem até ao post no blog do Tornados.

Bom fim-de-semana

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Quatro portuguesas morrem nos EUA



"Incêndio em Fall River faz ainda 15 feridos



O incêndio que matou quatro portuguesas quarta-feira à noite nos Estados Unidos deflagrou no prédio que alberga a sede do clube português St. John Holy Ghost Association, em Fall River, Massachusetts, onde decorriam os preparativos para festa do Espírito Santo marcada para o fim-de-semana. O fogo fez ainda 15 feridos. Na origem do acidente estará a queda de uma vela que alastrou as chamas."

Foi esta uma das notícias que hoje foram apresentadas ao mundo pela SIC e tenho de manifestar os pensamentos que me vieram à cabeça enquanto assistia ao noticiário.

Antes de continuar queria só fazer duas ressalvas, a primeira apresentar as minhas condolências aos familiares das vítimas, não tendo qualquer relação com elas, perder um familiar é sempre doloroso e complicado; a segunda avisar os mais fanáticos e religiosos que este post vai, provavelmente, ser polémico e, como tal e já que estão avisados, só lêm se quiserem.


Às primeiras palavras que o pivot da SIC proferiu não liguei muito à notícia, mas depois algo me chamou à atenção. E passo a citar a notícia, conforme está no site da SIC (à qual podem ter acesso clicando no título deste post), "As vítimas mortais, todas mulheres, (...) Preparavam um serviço religioso especial, para o próximo fim-de-semana, em honra do Espírito Santo, muito venerado nos Açores, de onde as vítimas eram originárias.", "Tudo terá começado devido à queda de uma vela.", "(...) pegou inadvertidamente fogo a um altar decorado com papel."

A notícia é extensa e está carregada de tragédia com algumas citações de testemunhas e pessoas que estiveram envolvidas, uma delas diz "O que torna isto uma tragédia incrível é que estas famílias muito trabalhadoras de Fall River estavam reunidas para celebrar as suas vidas, a sua cultura, o seu espírito, a sua fé".

E é exactamente neste ponto que quero pegar, estavam todas reunidas para celebrar as suas vidas, a sua cultura, a sua fé. E, se não me engano, é de uma fé religiosa que estamos a falar, na qual se adora um deus e os seus santos e santas. Um deus que rege as nossas acções, que escolhe os nossos passos, pois caso contrário não haveria sitios comuns como "se Deus quiser", "graças a Deus" e afins. Quantas vezes, quando uma pessoa morre se diz que assim aconteceu "por vontade do Senhor".

Ora, isto quer dizer que os acontecimentos são por vontade de Deus, suponho eu. E quando estes acontecem, as famílias choram e perguntam porquê. Será que ninguém se pergunta onde está essa compaixão toda e justiça quando estas coisas acontecem? Afinal não são as pessoas devotas, crentes e practicantes mais merecedoras de uma vida feliz? Será que faz sentido ser devoto a algo que depois falha e nos coloca em situações difíceis? Depois diz-se que foi milagre de Deus que o indivíduo X ou Y tenha sobrevivido ou tenha saído de coma, etc. Mas... onde estava Deus quando aconteceu o acidente? Quando a pessoa ficou mal, onde estava Deus? Normalmente o todo poderoso é bom, mas será que ninguem o questiona quando acontecem as coisas más?

Compreendo perfeitamente que haja uma necessidade de se socorrer ou apoiar em algo externo a nós, o ser humano sempre teve essa necessidade, de venerar o desconhecido. Mas quando há provas de que nem tudo é como se apregoa, quando na base de uma devoção ou religião está uma igreja que apoia, supostamente os fracos e oprimidos, mas que vive com condições de reis, não me parece que haja grande equilíbrio. Não era JC uma pessoa simples e humilde e no entanto uma das maiores referências da Igreja? Então qual a necessidade de ter todas as capelas, igrejas e imagens dos santos e companhia como que forrados a ouro? Para quê tanta riqueza e magnificiencia na igreja, se esta representa o povo?

Até posso compreender o culto de um ser, supostamente, superior seja ele chamado de Deus, Alah, Jah, Buda ou Dalai Lama. O que não posso compreender é (a dedicação a) uma instituição cheia de hipócrisia e cinismo, como a Igreja Cristã.

Ainda mais uma pequena ressalva, respeito quem merece o meu respeito, sejam quais forem as suas crenças, assim como espero que todos respeitem os outros, sejam eles crentes, agnósticos ou ateus.

Deixem-me só deixar uma última mensagem, "Por Um Mundo Melhor":

Post Scriptum

Só para esclarecer o que se passou nos últimos posts:
  • "Abro o caderno..."
  • "[no title]"
  • "Devaneio"

  • Isto tudo surgiu porque há uns tempos me lembrei, não sei porquê, de ir desenterrar livros e cadernos do secundário. Depois perdi algum tempo a folhear os cadernos, fartei-me de rir com as coisas que lá encontrei. A grande maioria não posso passar aqui para o blog, por motivos éticos e morais.

    inté..
    Abro o caderno...
    Depois de bastante procurar, uma folha em branco
    Achei-a, finalmente vou poder fazer o que todos fazem.
    Vou poder manchá-la, vou poder inundá-la de tinta
    Tinta imunda criada pelos reles mortais
    Que a esam para fazer coisas tão banais
    Como uns rabiscos numa folha branca
    Destroem-lhe a pureza, tiram-lhe a beleza
    Nunca mais ela será a mesma...
    Cada vez fica mais suja, não escrevo mais
    Fecho o caderno, vou deixá-la em paz...

    DMBento (6 folhas depois, no mesmo caderno do post anterior)

    [no title]

    De gestos à toa saem palavras à toa
    Entoam na minha cabeça
    Mesmo que não, mesmo que não mereça
    Que se há-de fazer, haverá solução?
    Ela pode estar estar longe, ou na palma da mão

    Distante ou perto, bem à vista ou no meio do Deserto
    Cada grão de areia é uma batalha por ti
    Falta-me a experiência, eu 'inda agora nasci
    O meu destino é viver estrangulado
    Mas tem de haver maneira de mudar o Fado


    Dois passos em frente precisam de um p'a trás
    Mas tenho de consguir, será que sou capaz?
    A tua luz faz-me brilhar com esperança
    A tua paixão representa uma lembrança
    De ti...

    Tudo o que foi, vai voltar a ser
    Tudo o que passou vai acontecer

    Outra vez... outra vez...

    Andando p'rá frente e para trás
    Tudo vai acontecer, tem de acontecer

    Outra vez... outra vez...


    O tempo é eterno, eterno em cada dia
    E toda a esperança não pode ser só fantasia
    Todos os anos, são iguais, todos os anos são vitais
    Sã0 365 melodias em que me deixo morrer no lento morrer dos dias...

    De gestos à toa saem palavras à toa
    Algumas representam a verdade, mesmo que doa
    O prazer de olhar o teu rosto é divino
    Sempre te procurei, desde pequenino.
    Sempre o fui... e ainda sou menino


    Dois passos à frente precisam de um p'ra trás
    Mas vou conseguir, sei que sou capaz
    A tua luz faz-me brilhar com esperança
    A tua paixão represnta uma lembrança
    De ti...

    Tudo o que foi, vai voltar a ser
    Tudo o que passou vai acontecer

    Outra vez... outra vez...

    Andando p'rá frente e para trás
    Tudo vai acontecer, tem de acontecer

    Outra vez... outra vez...


    DMBento (ainda no 12º mas provavelmente já em 2002)

    Devaneio

    Diz que amas
    Nesse profundo olhar
    Em que me chamas
    Com intenção de amar

    Diz que me amas
    E qu me adoras também
    Quando me pões em chamas
    E me levas para o além

    Deixa-te de rodeios
    E diz-me os teus sentimentos
    Quando me perco nos teus seios
    E em todos os momentos

    Deixa-te de rodeios
    Sabes que sou teu amigo
    Conta-me os teus receios
    Que eu livro-te do perigo

    Dá-me o teu prazer
    Quero-te ver sorrir
    Deixa-me viver
    Da morte quero fugir

    Dá-me o teu prazer
    Junta-me ao teu meio
    Deixa-me morrer
    Mas neste puro devaneio

    DMBento (algures no 12º ano, em 2001 provavelmente)

    segunda-feira, 12 de junho de 2006

    o amor de uma amizade


    Nem sei o que dizer de ti TP..
    Contigo passei uma semana, com aquelas que foram das melhores noites da minha vida. Ao teu lado cresci, chorei, amei, vivi...
    Estás sempre tão longe e no entanto, mesmo se passarmos meses sem falar, continuas sempre presente, perto, junto a mim.
    O teu sorriso e olhar, a tua face, são aquilo que mais transparente pode haver.. e embora, não conseguindo fazê-lo na sua totalidade, dão uma bela amostra da beleza que carregas contigo.
    Facilmente deixas rapazes a pensar em ti e tens sempre aquela bela tendência para te apaixonares por situações e/ou relações difíceis. Ainda que não sejamos irmãos de sangue, até nisso somos parecidos.
    És a rapariga que mais AMO! Já o és desde há mto, e continuarás a ser, a minha mana...

    @JoKa5@

    Porquê's...

    Já alguma vez deste por ti, depois de passar a idade dos porquês (ou nao), a pensar em questões quase existenciais e às quais não encontraste resposta?

    Questões do tipo:
    O que são os soluços?
    Porque as unhas das mãos crescem mais depressa que as dos pés?
    Quantos cabelos temos?
    Porque é que em algumas fotografias ficamos com os olhos vermelhos?
    Como são os sonhos de um cego?
    Porque é que os queijos suíços têm buracos?
    Porque é que descascar cebolas nos faz chorar?
    Porque é que as pipocas rebentam?
    Porque é que os pneus são pretos?
    Porque é que os botões dos homens e das mulheres apertam para lados diferentes?
    Porque é que o céu é azul?
    Porque é que o croissant tem a forma de meia-lua?
    De onde vem o som de um trovão?

    Podes encontrar a resposta a todas estas questões em http://vlgmc.blogspot.com/2006/05/curiosidades.html

    fiquem bem

    domingo, 28 de maio de 2006

    Queres namorar comigo?

    Olá...
    Uma tão simples palavra que pode ter repercussões tão vastas e imensas. Um "Olá" pode ser aquele primeiro toque (literalmente, visual ou apenas audível) que leva a todo um despoletar de relacões, movimentos, sensações e sentimentos.
    Daí pode surgir um novo conhecimento, uma nova amizade, uma paixão, um amor... Passando de conhecimento a amor através de todos os pequenos passos, ou mesmo em situações mais raras e intensas directamente de conhecimento a paixão ou amor, isto quando a fase do conhecimento acontece. O que quer que se desenvolva vai de certeza levar as pessoas em questão a procurarem-se, a estarem uma com a outra, a viverem juntas. Isto no sentido literal de viver junto a outra pessoa, no sentido da proximidade.
    O problema vem de seguida. O ser humano, com especial enfase na vertente feminina da espécie, mas também presente na vertente masculina, tem uma extrema necessidade de rotular tudo. Daí surge a necessidade se rotular a relação que se tem. Usando todo o tipo de expressões possíveis e imaginárias desde as que nos acompanham desde a infância até coisas que não nos passavam pela cabeça na altura. Desde as "curtes", às "amizades coloridas", "andar", "namorar", "andar a ver-se", "dar umas" (voltas), etc. As denominações são variadas e muitas sinónimas. Mas, ao mesmo tempo que se dão nomes às relações há também a necessidade de dar nome ao que se sente.
    Como se isto não chegasse, há pior. É normal que quando experimentamos uma coisa da qual gostamos, que nos agrada e nos dá prazer a queiramos repetir, been there, done that. O que me faz confusão é quando reparo em pensamentos tipo "não percebo como é que consegues estar tanto tempo assim, é tão bom estar apaixonado". E isto deixa-me a pensar, será mau deixar-me levar pelo que sinto ou não? Eu sei perfeitamente o bom que é estar apaixonado e/ou enamorado (quando o sentimento é recíproco), mas será que isso quer dizer que o devemos procurar?
    Se há uma relação boa, amigável, em que duas pessoas se sentem bem uma com a outra, isso não chega? Temos mesmo de poder dizer o que é que se sente? Não bastará sentir para estarmos bem? Qual a necessidade de lhe atribuir um nome, de dizer aos outros o que estamos a sentir, de nos convencermos, por comparação ou qualquer outro método, que estamos a sentir isto ou aquilo? Porquê a necessidade de dar nome às coisas e ter de viver com determinadas relações quando se pode apenas VIVER?
    Viver o momento, viver a relação (seja lá ela qual for), viver o sentimento (seja lá ele qual for), viver a pessoa, as pessoas e o mundo! Qualquer pessoa tem a necessidade de se sentir querida por outrém, do seu apoio, da sua presença, do seu calor. Mas não é preciso que se dê um nome a essa relação, afinal de contas ela está lá, não é necessário ser "o namorado" ou "a namorada" para que se possa sentir o apoio, a presença, o calor, ou mesmo o quanto a outra pessoa nos deseja.
    Viver a vida desprendido do que a sociedade nos impele, sem ter de dar satisfações a ninguém. Fazer o que os sentimentos, misturados com a razão, nos dizem sem ser porque se quer sentir isto ou aquilo ou porque as coisas que se fazem encaixam no tipo de coisas que se fazem também num tipo de relação X ou Y.
    Não será preferível simplesmente aproveitar os momentos que se têm sem nos preocuparmos com o que são do que estar a tentar forçá-los a ser algo? Mesmo que isso signifique por vezes fazer coisas que já/ainda não seriam para a nossa idade, seja lá ela qual for. Mesmo que isso implique comportar-se com 29 anos como se se tivesse 23, 19 ou 16.
    Porquê a necessidade de viver algo se a beleza está em viver?
    Don't worry, be happy!

    sexta-feira, 12 de maio de 2006

    Aos Tornados

    Estas foram palavras deidcadas aos Tornados, que inevitavelmente me tocaram...
    A quem as escreveu sei que n devo agradecer pois não foram escritas com essa intenção mas não posso deixar de exprimir como me tocaram.

    http://vlgmc.blogspot.com/2006/05/tornados.html

    quarta-feira, 8 de março de 2006

    A Máquina Infernal...


    A Máquina Infernal é daquelas coisas que ainda me dá muito alento para enfrentar o dia-a-dia, cada vez que se ouve aquele som do "vais voar!" ou pura e simplesmente o ouvir do seu ronco quando sobrevoa o espaço em que me encontro algo se revolta e o desejo de estar nas nuvens urge!

    Hoje tive o privilégio e o prazer de, passados 2 anos e quase um mês, voltar a voar solo no Chipmunk Mk20.

    Chegado à esquadra de voo da Academia da Força Aérea (Esquadra 802), ver o planeamento. Dois voos, o primeiro: Chip com o número de cauda 01315, callsign: Águia52, LF (Lugar da Frente): CadAl PilAv D. Bento, LT (Lugar de Trás): COR Poêjo, ETD (Estimated Time of Departure): 14h30, ETE (Estimated Time Enroute): 00h30, Zona: Circuitos.
    O segundo: Chip com o número de cauda 01315, callsign: Filhote52, LF: D. Bento, LT: n/a, ETD: 15h00, ETE: 01h00, Zona: Circuitos.

    Algo começa a borbulhar cá dentro, de um lado o desejo misturado com o sonho e prazer, do outro o peso da responsabilidade e os riscos que isso implica.

    Eis que chega o instrutor à esquadra, faz-se o briefing, acertam-se alguns pormenores relativos ao circuito de aterragem e traça-se o perfil da missão. O vento não dava certezas de nada, oscilava entre valores que não levantam problemas e outros para os quais o Chipmunk não pode voar só com um tripulante. "Vamos voar e depois logo se vê se dá ou não para o segundo voo."

    Chegados à linha da frente, é tempo de verificar nos livros do avião que está tudo OK, ir ao cacifo buscar o capacete e as luvas de voo, pegar num pára-quedas e dirigimo-nos para a fera.
    Inspecção geral, interior e exterior é feita enquanto o instrutor se prepara e dirige para o avião. Todos os pormenores são expedita e seriamente analisados com a ajuda do checklist.

    A inspecção está feita, o instrutor já chegou, monta-se a fera...

    Procedimentos atrás de procedimentos e finalmente faz-se sinal ao mecânico que se vai por o motor em marcha. Tudo preparado, carrega-se no starter e eis que o animal acorda com um ronco que intimida qualquer um ao seu redor. Contacta-se a torre e estamos autorizados a taxiar até à posição de espera para a pista 32.

    Feito o teste ao motor, a torre dá-nos autorização para alinhar e descolar, "Águia 52, cleared to take-off"... motor a fundo, o animal começa a soltar-se e a roda de cauda levanta. Tudo parece diferente. A velocidade aumenta, temos 60kts, e com jeitinho deixamos que o avião vá para onde nasceu para estar, airborne!

    Primeiro circuito e tudo parece estar a correr bem... as primeiras aterragens são seguras.
    Até que num circuito me passa pela cabeça que há imenso tempo que não faço um borrego (aborto à aterragem). Nem tarde nem cedo, chegando à altura de arredondar o vento sopra mais forte, o avião revolta-se e pede para se afastar do chão. Como sempre me disseram que "mais vale um bom borrego que uma má aterragem", sem hesitar, "gazoskopus", "Sintra, Águia 52, On the go" e aqui vamos nós outra vez para mais um circuito, o próximo vai ser melhor de certeza. Assim foi, sem percalços a aterragem foi efectuada!
    Circuito sem flaps... O vento continua variável. Straight In... Vento variável. Break Out for Training... O voo já vai em quase 01h00 e o vento continua variável. No entanto, andava sempre quase enfiado com a pista e estava com tendência a, no máximo, ficar no limite para voo solo.

    Finalmente dá-se a decisão, o instrutor vai deixar o avião e mandar-me lá para cima sozinho, se o vento se mantiver dentro dos limites. O nível de adrenalina sobe exponencialmente! Não só por ir poder fazer uma coisa que adoro e ser uma sensação extraordinária poder fazê-lo sozinho, mas também por sentir a confiança por parte do instrutor em deixar o avião nas minhas mãos e apenas nas minhas mãos.

    Depois de amarrados os cintos do lugar de trás, tudo a postos e volto a falar com a torre, mas desta vez de maneira diferente e, ao estar pronto para a descolagem digo "Sintra Tower, Filhote 52, ready for departure". A ansiedade aumenta enquanto tenho de esperar por um FTB na final e um outro Chipmunk que o seguia, ambos para aterrar. Depois de a pista estar novamente livre ouve-se finalmente no rádio "Filhote 52, Line Up and Wait" seguido de um "Filhote 52, Cleared for Take-Off"

    Finalmente, volto a sentir a fera sob o meu poder, sem mais ninguém a acompanhar...
    Enquanto, na Torre o instrutor agora me segue atentamente com os olhos e se mantém atento em relação às alterações do vento, eu sigo pelo circuito de aterragem com aquela sensação de poder, responsabilidade e satisfação.

    Falando e cantando em voz alta sozinho, lendo os procedimentos como se o instrutor lá estivesse a ouvir o que estava a dizer e a explicar o voo a mim próprio, o voo corre dentro das normalidades.

    5 aterragens e mais um circuito em que, devido a um Aviocar em Straight In a 1.5 milhas, para aterrar, me vi obrigado a sair do circuito, com um Break Out em direcção a Lourel, ponto de entrada no circuito.

    Como dizem, não há vez como a primeira, mas voar é sempre como se uma primeira vez se tratasse, é sempre diferente, emocionante. E sabe tão bem, ao fim da tarde, chegar à placa estacionar o avião, cortar o motor, desmontar a fera e, pegando na Checklist, olhar para a Máquina Infernal que é o Chipmunk e pensar...

    "Missão cumprida! Até à próxima, amigo..."
    (cedo, espera-se)

    sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

    Falar de Nada...

    O Nada, parecendo que não, tem muito que se lhe diga. Aliás é espantoso como o ser humano tem uma capacidade enorme de falar e desenvolver pensamentos sobre o Nada. Para o caso de haver alguma dúvida, não me estou a referir à conjugação na 3ª pessoa do singular do verdo nadar no presente do indicativo, nem algo do génro. É mesmo da palavra "nada" com o significado de ausência de alguma coisa, o vazio.

    Esta habilidade de falar do nada é algo que me fascina, pois qualquer uma tem. Não é uma capcidade elitista, nem nada que se pareça, é uma capacidade de carácter geral, que qualquer indivíduo possui, independentemente das suas habilitações literárias ou faixa etária (acima dos 16 anos).

    Qualquer um hoje em dia fala de... nada. E não há nada mais irritante que, num daqueles dias em que não nos deviamos ter levantado da camae que, como o fomos obrigados a fazer, desejamos que ninguém nos dirija a palavra, do que estarem a tentar meter conversa conosco tendo como tema o nada. Aquelas conversas interessantes em que se fala só mesmo para não estar calado, como dizem os "américas", a small talk, ou numa lingua mais materna, a conversa de elevador.

    Será possível que, quando a um comentário do género "Epá, isto há com cada coisa..." se responde "Pois é.", a primeira pessoa não repara que conversa da treta não é o que nos apetece mais? Se sim, porque é que esta ainda continua dizendo "Nem mais! E ainda bem que falas nisso, então não é que mudaram a máquina de comida lá de baixo..."? Quando apenas se disse "Pois é.". E o pior é que se se ficar calado o resultado é o mesmo, a pessoa que meteu conversa há-de continuar a tentar. Qual é mesmo o objectivo? Será assim tão mau, estarem duas pessoas no mesmo sítio se terem de estar a falar de coisas que não têm o mínimo interesse? Às vezes sabe tão bem apreciar o silêncio...

    Já agora, aproveito para fazer uma salvaguarda a todos aqueles que gostam ou têm por hábito iniciar este tipo de conversas, por vezes é melhor estar calado e deixar os outros na dúvida em relação à nossa inteligência, do que falar e acabar com as dúvidas!

    Farewell...

    quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

    Um blog...

    Mas afinal qual é o objectivo de um blog? Quem foi a personagem que se lembrou de inventar esta coisa?

    São duas perguntas às quais não consigo dar uma resposta clara, muito menos curta ou concisa. A verdade é que os objectivos de um blog são diversos. Há quem não goste muito de diários, no meu conceito primário, um livro de pequenas dimensões no qual se faz o relato dário da vida do seu proprietário, sendo o conteúdo deste, privado. Grande parte dos diários que se encontram à venda possuem inclusivé cadeados, para garantir a sua confidencialidade. No entano, como já disse, há quem goste da ideia do diário mas, como ou não consegue fazer com que lhe vão espiar o diário ou acha que todos devem saber da sua vida, publica a sua vida na internet. Não só um pequeno blog para que os seus amigos/entes mais queridos, que possam estar longe, saibam como vão as coisas, mas sim verdadeiros diários com pormenores e relatos de situações demasiado privados. A estes eu pergunto, mas o que é que eu tenho a ver com a vossa vida privada e particular?? Querem contar ao mundo como vão as coisas tudo bem, mas poupem-me os pormenores.

    Outros há que usam o blog como meio de expressão, falo de blogs de grupos políticos ou de opinião, por exemplo. Estes conseguem assim expressar a sua opinião livremente, estilo "carta aberta", dando espaço a todos os que possam visitar o blog para comentarem, concordando ou discordando do que se lê. Os grupos de opinião, políticos ou não, têm o seu lugar e é, provavelmente, melhor que manifestações públicas, greves ou coisas do género, na medida em que é mais vantajoso económicamente, causa menos disturbios sociais, etc.

    Ainda como grupos de opinião, há os que o fazem puxando à comédia, como o blog através do qual nasceu o "Gato Fedorento". Os melhores deste tipo conseguem, com boa comédia, satirizar a sociedade de uma forma inteligente.

    Ironicamente, sou um pouco anti-blog, no entanto acho que em sociedade se deve socializar, passo a redundância. Quando falo em socializar não me refiro a estar num bar a beber copos com os amigos ou travar novos conhecimentos. No meu entender, socializar é mais que isso e passa também por falar e ouvir o que os outros têm a dizer acerca do mundo e da sociedade. É esse o motivo de por vezes publicar posts de opinião, embora não seja esse o principal objectivo deste blog. Feliz ou infelizmente deixo-me corromper com relativa facilidade pelas novidades tecnologicas e, como tal, adoptei mais esta forma de perder tempo. Para além de opiniões, aparecem e aparecerão por aqui artigos que ache interessantes, coisas com alguma piada ou curiosidade que encontre e também algo sobre o que se vai passando, para que os mais distantes possam manter algum contacto ou conhecimento dos acontecimentos mais recentes.

    Se alguém por acaso chegar a ler este parágrafo já deve ser em esforço e, como tal, deixo-vos então a hipótese de comentar e partilharema vossa opinião.


    Vemo-nos por aí...

    sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

    Finalmente!!!

    Chegou a tão esperada sexta-feira, último dia de aulas do semestre. O último teste já está feito e as cadeiras estão todas feitas!!
    Agora é tempo de férias! Ou não, a única semana que ia ter de férias foi bem ocupada, com treinos, visitas e uma cerimónia, ficando assim as férias reduzidas a um dia.
    Mas podia ser pior, não estou a ver como, mas de certeza que podia!
    Isto foi só um desabafo, o post que vou por e que já estou para por há muito tempo, é sobre os blogs. Vou-vos dar a minha opinião sobre estas "coisas", correndo o risco de falar mal de mim também, mas paciência...

    Inté...

    domingo, 22 de janeiro de 2006

    Algo que encontrei no fundo de uma gaveta

    Noites de Verão...
    Noites em que perco, na solidão
    Do meu ser inexistente

    Noites em que me perco, em vão
    Sem ter sequer destino traçado

    Noites em que me perco, na paixão
    Do teu corpo, da tua mente

    Noites em que me perco, na ilusão
    Com medo de um ser apaixonado
    Apenas noites, noites de Verão...

    DB
    ------------------//-----------------

    Queria ser o teu olhar
    Gostava de saber o que estás a pensar
    Porque não me dizes quem és?
    Estou perdido ajoelhado aos teus pés

    Perdido...
    Perdido e sem me querer achar
    Quero perder-me ainda mais

    Perder-me na imensidão do teu olhar
    Pois só assim terias tudo aquilo que te posso dar
    Só estando dentro de ti me posso abrir
    Só sabendo o que te faz te posso fazer sorrir

    DB


    Encontrei esta tarde um papel com estas divagações de adolescente lá escritas... Acho que a pessoa que tinha em mente na altura nunca chegou a saber de tais palavras. Eu devia ter a mania que era poeta...
    Podem dizer mal à vontade!

    Behave

    domingo, 15 de janeiro de 2006

    Palavras...

    "Olho para ti...
    O que vejo? o que sinto?
    Um olhar profundo,
    um sorriso cativante,
    um amigo incansavel...
    O que é que isto diz de ti?
    Nada...
    Apenas mostras o que queres
    Que os outros pensem...
    Facilmente provocas sensaçoes,
    Boas, más, um turbilhao de sentimentos
    que invade o pensamento...
    Pensamentos sem logica, sentimentos profundos...
    Olho para ti...
    Não te vejo, Não te encontro...
    Apenas sinto a tua presença,
    o Calor do teu ser...

    Reticências...

    Tudo o que escrevo para ti e sobre ti
    vem seguido de reticencias...
    O que nós temos, O que nos une,
    não se consegue pôr por palavras...
    Fica sempre algo por dizer,...
    E o que é dito,
    carregado de sentimentos e emoçoes,
    São lidas apenas como uma junção de palavras,
    Sem significado,... apenas banalidades...
    Então porque escrevo?
    Apenas para te lembrar,...
    Para poder sentir em cada palavra escrita,
    Um sem fim de sentimentos,...
    Para te sentir proximo de mim,...
    Serão sempre apenas reticências e palavras para os outros,
    E para mim o indiscritivel...
    O que apenas so se transmite por um olhar,...
    por um beijo..."

    Estas foram palavras de alguém que prefiro manter no anonimato mas que não consegui guardar só para mim.

    Behave...

    sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

    Ah, o maravilhoso mundo da audio-pornografia nacional!


    "Meus amigos, isto é, oficialmente, a coisa mais hilariante que ouvi em toda a minha vida. E foi uma descoberta do JD, um dos frequentadores deste "blog". Obrigado, JD. Vi a luz. Por amor de Deus, não percam isto (e já sabem que é para maiores de 18, etc etc etc). Devo dizer que ultrapassa a todos os níveis a cassette de Jessica e Bianca. É sublime, sobretudo quando o John Holmes da audiopornografia lusitana, Maurício, entra em cena e surpreende as duas senhoras em acção. Nada mais há a dizer. Não possuir este mp3 na colecção é um crime. Perfeição pura, desde a banda sonora (claramente inspirada na obra de El Chato) às interpretações semi-realistas das duas jovens e de Maurício. E sim, eles estão a levar isto a sério.

    Ei-lo, em todo o seu esplendor!"

    Por: Nuno Markl

    Se se estiver de bom humor é uma coisa a ouvir para largar umas gargalhadas!

    Portem-se...

    sábado, 7 de janeiro de 2006

    K7 Pirata

    Ola a todos mais uma vez..
    Devo confessar que pretendia escrever qq coisa relacionada com blogs, mas tinha aqui a tv ligada e por acaso tava na sic e acabei por ver o excelente programa "k7 pirata", acho que é este o nome do programa. Felizmente, foi das poucas vezes que o vi e espero continuar a ve-lo tão poucas vezes como até então.
    É impressionante a quantidade de nada que o tão conceituado Nilton acrescenta ao programa. Senão vejamos o esquema do programa: temos um sujeito, que será algo como um apresentador, que tem intervenções de 1 a 2 minutos, intervaladas com sketchs de imagens do género "Isto só Video", nas quais se ouvem em voz-off comentários, cantorias e afins de uma outra personagem estilo Nilton. Continuando, as imagens que eu referenciei como sendo ao estilo do programa que em tempos passou na RTP, teem umas certas particularidades, como por exemplo: são todas estrangeiras; a mais recente que vi era de 1997 ou 1998, se não me engano; e a piada de algumas delas é bem discutível.
    Por falar em piada discutível, o nome Nilton veio-me à cabeça. Eu até ja vi algumas coisas com piada feitas por este comediante mas hoje não foi de modo algum um exemplo disso. Alias ao ver e ouvir as intervenções de Nilton lembrei-me de um artigo que o Nuno Markl escreveu acerca de algo que foi publicado numa revista escrito por Carla Matadinho, esse poço de inteligência que foi tentado explicar com o facto de ela ser loira, se bem que eu acho que nao é por aí. De qualquer maneira, não consegui evitar que a minha cabeça, à medida que ouvia o Nilton a falar, fosse fazendo um paralelismo entre a opinião de Markl em relação a Carla e a crítica que estava a ser desenvolvida por mim em relação ao programa. E isto explica o porquê de eu não achar que a cor do cabelo tenha algo a ver com a coisa, pois NIlton não me parece muito loiro.
    Na verdade eu acho que Nilton não é 100% culpado do quão mau o programa é, mas talvez do formato do programa. Quer dizer, até é capaz de ser um bom programa, para quando se vê televisão quando não se tem mais nada para fazer, tipo às 3h da manhã ou assim. Mas o curioso é que na televião portuguesa isso não acontece. O Prime Time é invadido com telejornais sensacionalistas, programas ocos em termos de conteúdo e telenovelas com alguns argumentos que deixam um pouco a desejar, já para não falar da qualidade dos actores (fazendo a devida ressalva para os poucos que estão lá e merecem o nosso aplauso e secalhar melhores oportunidades do que as que lhes são apresentadas), enquanto que séries de alguma qualidade são postas a dar de madrugada misturadas com anuncios de 30 minutos de coisas do tipo "Tv Shop" e afins.
    É a TV que temos, é verdade. Mas será que não há nada a fazer? O que é verdade é que as TV's se moldam ao público e vice-versa. E se os portugueses preferem passar a consoada de 25 de Dezembro (também apelidada de Natal) a ver programas como a 1ª Companhia é obvio que os directores das TV's nos vão continuara dar ainda mais porcaria para vermos.
    Será que se começarmos a preferir canais que não os 4 básicos eles vão dar pelo nosso descontentamento?? Espero que sim!

    Dedicado...

    A todos aqueles que perdem tempo a navegar na internet e que gostam de levantar boatos e coisas do género. Peripécias e acontecimentos duvidosos que dão que falar e sugerem uma opinão distorcida para levantar polémica. Usar e abusar...

    Não se pretende ofender nem prejudicar ninguém, apenas dar uma visão diferente de um mundo controverso em que vivemos hoje em dia. Há coisas com que nos deparamos no dia-a-dia e que não reparamos ou nos calamos, mas que no fundo nao nos são indiferentes.

    Expressar a opinião hoje em dia é permitido e é isso que se pretende. Para além disso isto é também uma boa forma de perder tempo, quando se devia estar a estudar ou a fazer coisas mais uteis...


    Fiquem bem