Google

domingo, 28 de maio de 2006

Queres namorar comigo?

Olá...
Uma tão simples palavra que pode ter repercussões tão vastas e imensas. Um "Olá" pode ser aquele primeiro toque (literalmente, visual ou apenas audível) que leva a todo um despoletar de relacões, movimentos, sensações e sentimentos.
Daí pode surgir um novo conhecimento, uma nova amizade, uma paixão, um amor... Passando de conhecimento a amor através de todos os pequenos passos, ou mesmo em situações mais raras e intensas directamente de conhecimento a paixão ou amor, isto quando a fase do conhecimento acontece. O que quer que se desenvolva vai de certeza levar as pessoas em questão a procurarem-se, a estarem uma com a outra, a viverem juntas. Isto no sentido literal de viver junto a outra pessoa, no sentido da proximidade.
O problema vem de seguida. O ser humano, com especial enfase na vertente feminina da espécie, mas também presente na vertente masculina, tem uma extrema necessidade de rotular tudo. Daí surge a necessidade se rotular a relação que se tem. Usando todo o tipo de expressões possíveis e imaginárias desde as que nos acompanham desde a infância até coisas que não nos passavam pela cabeça na altura. Desde as "curtes", às "amizades coloridas", "andar", "namorar", "andar a ver-se", "dar umas" (voltas), etc. As denominações são variadas e muitas sinónimas. Mas, ao mesmo tempo que se dão nomes às relações há também a necessidade de dar nome ao que se sente.
Como se isto não chegasse, há pior. É normal que quando experimentamos uma coisa da qual gostamos, que nos agrada e nos dá prazer a queiramos repetir, been there, done that. O que me faz confusão é quando reparo em pensamentos tipo "não percebo como é que consegues estar tanto tempo assim, é tão bom estar apaixonado". E isto deixa-me a pensar, será mau deixar-me levar pelo que sinto ou não? Eu sei perfeitamente o bom que é estar apaixonado e/ou enamorado (quando o sentimento é recíproco), mas será que isso quer dizer que o devemos procurar?
Se há uma relação boa, amigável, em que duas pessoas se sentem bem uma com a outra, isso não chega? Temos mesmo de poder dizer o que é que se sente? Não bastará sentir para estarmos bem? Qual a necessidade de lhe atribuir um nome, de dizer aos outros o que estamos a sentir, de nos convencermos, por comparação ou qualquer outro método, que estamos a sentir isto ou aquilo? Porquê a necessidade de dar nome às coisas e ter de viver com determinadas relações quando se pode apenas VIVER?
Viver o momento, viver a relação (seja lá ela qual for), viver o sentimento (seja lá ele qual for), viver a pessoa, as pessoas e o mundo! Qualquer pessoa tem a necessidade de se sentir querida por outrém, do seu apoio, da sua presença, do seu calor. Mas não é preciso que se dê um nome a essa relação, afinal de contas ela está lá, não é necessário ser "o namorado" ou "a namorada" para que se possa sentir o apoio, a presença, o calor, ou mesmo o quanto a outra pessoa nos deseja.
Viver a vida desprendido do que a sociedade nos impele, sem ter de dar satisfações a ninguém. Fazer o que os sentimentos, misturados com a razão, nos dizem sem ser porque se quer sentir isto ou aquilo ou porque as coisas que se fazem encaixam no tipo de coisas que se fazem também num tipo de relação X ou Y.
Não será preferível simplesmente aproveitar os momentos que se têm sem nos preocuparmos com o que são do que estar a tentar forçá-los a ser algo? Mesmo que isso signifique por vezes fazer coisas que já/ainda não seriam para a nossa idade, seja lá ela qual for. Mesmo que isso implique comportar-se com 29 anos como se se tivesse 23, 19 ou 16.
Porquê a necessidade de viver algo se a beleza está em viver?
Don't worry, be happy!

11 comentários:

Anónimo disse...

nao é possivel, obviamente, ignorar a 100% aqueles que nos rodeiam, ou nao vivessemos nós em sociedade. no entanto, aquilo que damos a entender aos outros, aquilo que somos aos olhos daqueles que nos vêm, a sua opinião e o que pensam de nósm será isso em alguma circunstancia mais importante do que aquilo que sentimos?...
teremos nos de ser aquilo que se espera que sejamos, será viver aquilo que estamos a sentir segundo as regras do prazer de viver condenável?

Anónimo disse...

Diogo, "pikeno", o teu texto fez-me sorrir! Obrigada! É deliciosa essa tua "ingenuidade-a-dar-para-a-utopia"! ;-) Fica bem. Bjufas

Anónimo disse...

A sociedade é um dado adquirido, mas podemos lutar contra os seus defeitos e a sua mentalidade defeciente.
Os "rotulos" e o sentimento de posse que tudo isso implica so ajudam a nos sentirmos na obrigaçao de algo. Isso implica nao sentir os momentos porque passamos e apreciarmos cada segundo que passamos com uma pessoa.
O que é realmente importante é viver e saber viver, é deixarmo-nos levar por as emoçoes e nao pensar qual o "rotulo" que sairá dai :)
A razao e a nossa consciencia é sempre um auxiliar que nao nos deixa perder...

Anónimo disse...

porra...nem vou tao longe. não e a sociedade que rotula ( ou pelo menos não a unica que o faz ). A pessoa que esta ao nosso lado ( ou as pessoas) e que normalmente tem necessidade que as routulemos: es meu namorado ouy so amigo????? ( resposta correcta: que e que tyens a ver com isso? ). a conclusaõ e unica mesmo q partas de premissas errdas ( q nao foi o caso ) : DON`T WORRY, BE HAPPY!

B. disse...

Hummm muito bem, o menino pensa ;)...

Não li nenhum texto por completo, mas do pouco que li achei interessante. No entanto são muito extensos, mesmo o leitor mais atento e interessado acaba por se cansar...
(Conselho de uma futura - espero eu - jornalista que sabe dar importância a textos compactos, atraentes e ainda assim, interessantes...

Um beijinho top gun :P

Anónimo disse...

concordo ctg em certas coisas...concordo q podemos ter uma amizade colorida...o q seja...mas as vezes ha uma certa evoluçao e a consequente necessidade de rotular determina situaçao...ou esclarecer realmente o q é q é...e ai sim,vem um problema enorme q é o choque de se descobrir q aquilo pode n ser o q qeriamos q fosse ou q nunca sera como o desejado...acabas por defender a teoria do "comer e deitar fora".E, na minha opiniao, adoptas essa filosofia de vida...claro q é preciso vive-la intensamente,sem nunca nos arrependermos do q fizemos, pq ela é tao efemera...so q temos q ter consciencia q ao fazer isso a determinadas pessoas, podemos tar a ferir os sentimentos de alguem!n nos podemos guiar so pelos instintos e o coraçao...a razao tem q ter o seu lugar...
Podes viver intensamente com ou sem uma relaçao!mas como tu dizes, com toda a razao..Don't worry,be (very) happy, da forma q quiseres!
Beijinhos mt grandes

Diogo "m" Bento disse...

sinceramente acho q a expressao "comer e deitar fora" é um pouco forte de mais, até porque ter essa filosofia de vida, parecendo que é a opção mais simples, nao o é. nao estou a tentar dizer que é ou não a minha filosofia, com o objectivo de me defender ou justificar, acho que esse não é o objectivo. de qualquer maneira, e embora o não consiga evitar às vezes, acho que julgar ou avaliar sem um numero razoavel de observações é errado e pode levar a avaliaçoes erradas. deixa-me so dizer-te que o que eventualmente se passou pode ser ou nao reflexo do que se passa. às vezes posso "comer e deitar fora", todos fazemos isso quando nos envolvemos numa relaçao e depois reparamos que nao é bem aquilo que queremos. no sentido em que te estavas a referir, a unica coisa que te posso dizer é que n gosto da ideia, por isso sempre que tenho a sensaçao de isso pode estar a acontecer, ou se mata o problema (a distancia resolve mta coisa) ou entao faço questao de esclarecer as coisas para que nao haja ninguem enganado, pelo menos por mim.
nao posso escrever mais senao a rebeca queixa-se que ja é mto texto e que é secante ;)

Anónimo disse...

peço imensa desculpa se ofendi...nao era essa a minha intençao...de facto eu nao fiz esse determinado nr de observaçoes...axas mm q a distancia resolve as coisas?axo q pode "apagá-las" mas nao anula-las...ha coisas q por mt insignificante q sejam pa alguem,pa outra parte sejam 20km ou 10000km, o sentimento pode ser o mesmo de se tar lado a lado...e,as vezes ,o melhor é axar q acabaram de vez e surpreendermo-nos com um beijo...enfim...a vida nc é como se quer...e mais uma vez peço desculpa se fui incorrecta com alguem...n era essa a minha intençao.cada um faz da sua vida aquilo q quer e nunca ninguem tem nda q ver...sorry diogo...beijosssss:) espero q nao tenhas ficado xateado com o meu comentario

Diogo "m" Bento disse...

nocas, nao te preocupes que nao fiquei de todo chateado. se nao quisesse opinioes nao a permitia/pedia. so achei que devia responder ao comentario, nada mais. até pq tb tinha sempre a opçao de o apagar se nao me agradasse.. "don't worry.."
bjs

Anónimo disse...

amizade ... paixao ... amor ... sei lah!!! depois d tt tempo ainda n sei dizer o q sinto por ti! porque? tb n sei ... e curioso, ate pa alguem cm eu q adora rotular as coisas, n conseguir encontrar a palavra certa pa xpressar o q sinto, mas por vezes os sentimentos n podem ser, simplesmente, 'traduzidos' em palavras ... E qd olho para ti ... bem ... aí n preciso xpressar-m por palavras ... pq tu sabs, alias, sempre soubest o q senti e continuo a sentir! Sempre seras a minha cara metade ... o meu melhor amigo ... o meu mano ... e dps faltam as palavras pa continuar pq o sentimento vai mt alem das palavras ... mts bacis!!! TP

Anónimo disse...

As vezes esse viver para mim esta numa unica e so palavra ..."sentir" sentir que somos alguem que somos amados mesmo que isso seja um momento.O ser humano preocupa s demais com o passado o presente e o futuro.Mas...tem d se "saber viver" esse momento por isso mesmo e que o passado ja passou o futuro e um misterio e o presente e uma dádiva por isso e que se chama "presente". A minha maneira de viver a vida com intencidade.